Nova York é uma cidade a ser admirada. Merece respeito, merece declarações de amor e toda importância que a ela atribuimos. É uma cidade de contrastes,de celebração à diversidade. Um centro financeiro e cultural intenso capaz de oferecer, com igual charme e riqueza, belos parques, museus, praças e áreas portuárias. Mas é também uma cidade de ilusões.
A experiência de adentrar a Times Square vindo da 6th ou da 8th avenue é emocionante: o burburinho de pessoas vai aumentando, o espaço vai ficando mais denso, apertado, e de repente uma inundação de luzes led e neon transformam a noite em dia.
É difícil passar mais que alguns segundos sem voltar os olhos para cima, perdendo-se entre os spectaculars e jumbotrons, enormes telas luminosas de todas as formas aunciando produtos, serviços e estilos de vida prêt-à-porter. É uma experiência hipnotizante que, por alguma razão, traça um sorriso de excitamento no canto da boca.
Que razão será essa, que atrai tantos olhares e sorrisos, tanta gente do mundo todo? Devem ser as luzes, as cores, o calor humano ou simplesmente poder dizer “Aqui estou eu, na Times Square, quarteirão mais famoso do mundo!”… deve ser a sensação de pertencimento, a liberdade, o doce-amargo sabor de fazer compras… deve ser o anúncio do último celular da Nokia, a nova promoção da Coca-Cola ou a linha de verão em liquidação na Macy’s.
Para os deslumbrados, olhos nos céus, para os desiludidos, olhos para o chão. Será possível olhar aidante?
Não é a toa que é a equina mais famosa do mundo. Muito bacana as fotos e o post. Abraço
alguns vão poder consumir estes prazeres e benefícios oferecidos, outros poderão apenas olhar…
acho que os mais felizes serão aqueles que vão usar sabiamente o quê recebem da vida. Percebendo que fazem parte de uma minoria privilegiada e compartilhando a abundância recebida no plano físico.
afinal, apenas 20% da população mundial é quem consome 80% dos recursos do planeta.
uma triste realidade!
do outro lado, espero que os menos favorecidos, recebam luz para compreender que a dor, a carência, a injustiça… possam ser o incentivo para mudarmos as coisas e não aceitar que elas continuem como estão.
precisamos de um mundo mais equilibrado, harmônico e justo!
podemos alcançar sucesso pessoal, profissional, ter dinheiro, ter bens…
porém, enquanto existir desigualdade, poderemos até morar em uma ilha e isso não impedirá que um dia esse desequilíbrio chegue até nós, ás vezes até em forma de violência.
😦
ótima reflexão!
besos y te amo!
Que linda sua percepção para captar tantos olhares! E vc, como estava seu olhar? Bjs
Meu olhar? humm, estava apenas contemplativo. Passei um tempo com o olhar entusiasmado, seduzido, mas logo esse glamour passa e a essência das coisas fica. A essência me parece mais simples que tantas luzes e propagandas.
Na última oportunidade em que estivemos reunidos, esse final de semana, uma das pessoas disse:
– Então, de uma certa forma, estamos todos já conectados. Fazemos parte do grupo, em geografias diferentes e vibrações distintas. O que o Vitor lá em NY está pensando influencia a gente e o que a gente está pensando aqui influencia lá tb…
– Isso mesmo.
***
Muito inspiradora a sua leitura do lugar e as fotos daí! Obrigada!
Daqui a vontade de que cada experiência seja sempre renovadora!
Forte abraço meu e do João!
Verdade, Jú, nossa conexão transcende o tempo e o espaço, essencialmente pelo que trabalhamos mentalmente. Ainda me vejo fazendo parte do grupo e espero trabalhar com vocês no plano mental sempre!
No seu texto, Vitor, você conseguiu traduzir o sentimento de milhares de pessoas que passam diariamente por esse quarteirão embasbacadas. Lembro da primeira vez que visitei New York e, como sempre tive a pretensão de não revelar minha condição de turista, ficava lutando com essa força incontrolável que atrai nosso olhares para o alto, para as luzes alucinantes e rasga devagar um sorriso que acaba em deslumbramento. Que tolice a minha! Hoje aplaudo a idéia brilhante de espalhar as cadeiras pela praça, para facilitar essa contemplação, especialmente por transformar a experiência em uma espécie de visita a uma instalação multimídia em uma galeria de arte. Será possível separar o efeito visual da essência por trás dessas cores? Suas fotos são o espelho desses momentos.
Como não se encantar pelo charme novaiorquino? Seu natural passeio de diversidades, seus tons multicoloridos, sua miríade de ofertas e oportunidades de todo gênero, seus edifícios centenários intactos (alguns mais novos já derrubados), seus taxi drivers ininteligíveis, suas multidões caminhando em todas as direções, seu justificável stress. Tudo isso e muito mais é garantia de muita adrenalina e ansiedade. E para os olhos mais sensíveis, como os seus, Vitor, um espetáculo para imortalizar em imagens.
A Big Hug!
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